Embora existam controvérsias quando à definição e aplicação do termo "pós-modernidade", em sentido geral, a questão se resume a este tempo em que a sociedade está centrada na busca por prazeres e satisfação imediata de toda e qualquer necessidade.
A satisfação e o prazer pessoal estão acima de qualquer coisa e de qualquer pessoa. Não importa se o meu bem-estar vai provocar a tristeza no próximo. O que interessa é que eu preciso satisfazer o meu ego doente e narcisista.
Embora existam muitas questões que tentam definir o modo de vida do homem "pós-moderno" uma palavra é consensual: consumismo. O que importa na vida é poder comprar carros, casas, roupas de grife, acessórios de pedras preciosas e outras bugigangas. A felicidade é medida apenas pelo que se tem e não pelo que se é.
De acordo os falsos profetas da atualidade, quem não vive padrões como este são pessoas sem fé, que não honram a Deus e não vivem a 'plenitude' da comunhão com Ele. É de dar nojo. Os discursos vazios e interesseiros tornaram o lugar sagrado de buscar a Deus e manter comunhão com o próximo apenas em um espaço de culto às vaidades.
Ao invés de estimular a comunhão com o que é Eterno e verdadeiro, as propagandas, convites, depoimentos, sermões e todas as outras formas de discurso fazem questão de enfatizar a busca pelo efêmero. De forma cínica abafam o discurso de Cristo: "...tome a sua cruz e siga-me". A cruz é símbolo de sofrimento, de anulação do próprio ego e busca por um viver que glorifique a Deus e abençoe a vida do próximo.
Embora pareça que a mentira do consumismo seja mais forte que a verdade do amor, ainda é possível encontrar refúgio em Deus para ter uma vida, no mínimo, mais digna e, sem dúvida, plena em felicidade verdadeira e duradoura. Essa busca não é a mais fácil. Mas, com certeza, justifica nosso título de "ser humano" e permite conhecer o Evangelho de Cristo e o Cristo do Evangelho.